sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Alice e Kristian - Parte 71

O Tamaki finalmente vem ao meu encontro, ele está deslumbrante, com um lindo kimono vermelho com um dragão dourado como estampa:
-"Oi irmã! Como vai?" Ele me dá um abraço e eu respondo:
-"Vou muito bem, Tamaki. E você mano?"
-"Estou encantado com sua roupa e o seu penteado. Você se saiu melhor do que eu esperava" Ele diz, me analisando enquanto me faz dar uma volta pra ele conseguir ver melhor o penteado.
-"Aprendi com o melhor!"
-"É claro que aprendeu." Diz ele sorrindo e depois cumprimentando a todos. Apesar de estar rodeada de tantas pessoas incríveis, me sinto meia desconfortável agora, tem alguma coisa estranha acontecendo. Isso não é normal, parece que o ar está cada vez mais pesado aqui dentro. Começo a olhar em volta. Essa estranha energia vem de algum lugar, algum desses vampiros deve ser a fonte. Infelizmente é muito simples eu pensar isso. Como vou achar a fonte no meio de centenas de vampiros? Escuto uma voz longe que parece ser a do Kristian:
-"Alice, está tudo bem?" Não respondo, apenas continuo olhando, esse é o tipo de energia perturbada, melancólica, depressiva, tudo o que eu queria era poder tirar essa energia daqui, fazer com que esse desconforto suma, meu coração, mesmo que morto, começa a apertar no meu peito, sinto uma dor terrível, uma tristeza imensa. Tento reprimir as lágrimas, e continuar me concentrando. Começo a olhar mais ao fundo. Na escuridão, em um canto distante do grande salão, vejo uma silhueta, vou tentando me aproximar, mas tenho dificuldade por causa da multidão. Sinto vários olhares me seguindo, mas no momento só quero acabar com o sofrimento dessa pessoa. Ao me aproximar alguns metros, ainda que muito distante, reconheço de quem é a silhueta: é do homem dos meus sonhos. Aquele, cujo recado é sempre o mesmo. Querendo falar com ele, tento me aproximar mais, mas assim que avanço alguns passos, a silhueta some. Assim como a terrível dor e a tristeza. Ainda sinto algumas energias perturbadas, mas nada comparado com aquilo. Isso que sinto agora, posso dizer que é uns 2% de diferença do que eu sinto normalmente... Eu sinto uma tristeza no ar. Aquele homem queria me lembrar de seu recado, e acho que ele sabe de algo ruim que possa acontecer no futuro. E do que ele tem tanto medo que aconteça? Não tenho mais forças para ficar em pé e caio ajoelhada no chão. Quase que imediatamente o Kristian e os outros vem me ajudar, desesperados:
-''Alice, o que foi isso?'' Perguntam quase que em coro.
-''O homem... ele estava lá. Eu tenho que ir atrás dele." Tento me levantar, mas não consigo sozinha, e também por que eles colocam a mão sobre meus ombros, impedindo-me de levantar. 
-"Que homem?" Perguntam o Kristian e o Tamaki, tento olhar pra eles e respondo:
-"Aquele homem dos meus sonhos..."
-"Querida, aquele que diz que é pra você cuidar para que não aconteça nada comigo?"
-''Continua sonhando com ele?'' pergunta Kate preocupada
-"Sim. Ele mesmo. Tem um peso terrível sobre seus ombros. Eu pude sentir sua dor, sua tristeza, e tentei ir ao seu encontro. Queria ver porque se sentia assim. Porque ele era a fonte daquela energia. Vocês não sentiram?" Olho espantada para todos que estão ao meu redor, inclusive os amigos do Sio, esperando que respondessem que sim, mas a única resposta que obtive foi uma negação com a cabeça. Vejo a Princesa chegando elegantemente vindo em minha direção:
-"O que aconteceu?" Pergunta ela intercalando o olhar com o de todos e se voltando para mim. "Vamos para a ante-sala'' O Kristian me leva no colo, não enxergo o caminho. Estou terrivelmente cansada. Ao chegarmos na ante-sala a Princesa diz:
-''Alice, o que foi que sentiu e viu?" Olho ao redor e todos estão lá, com o olhar preocupado
-''Acho que primeiro comecei a sentir uma energia muito pesada no ar. Depois ficou cada vez pior, e senti uma enorme dor e tristeza. Sabia que esse sentimento não era meu. Então tentei achar a fonte deles. Demorei um pouco até encontrar o homem."
-"Que homem?" Pergunta ela, vejo que Acira está na porta.
-''Tenho tido uns sonhos estranhos. Alguns são com esse homem que não me fala seu nome e não me deixa ver seu rosto, e alguns são com uma mulher adorável. Esse homem sempre me diz que é pra eu cuidar do Kristian e me preparar para o que me aguarda no futuro" Ela fecha os olhos e parece estar pensando... Então eu pergunto:
-''Princesa, perdoe-me por atrapalhar a festa. O que aconteceu comigo?"
Ela não abre os olhos e coloca suas mãos sobre as minhas e depois de alguns segundo em um silencio profundo ela diz:
-''Querida, isso faz parte do que você fará no futuro. É só isso que consegui ver. Não posso mais ver nada, está tudo bloqueado... Mas de uma coisa posso ter certeza, isso que despertou em você agora, é só o começo. O começo da peça final do meu Quebra-Cabeça.'' Ela sorri e diz "Vou chamar alguém para te ajudar. Fiquem aqui com ela" Ela sai da sala junto com a Acira, que fecha a porta.
-''Mana, como você está?"
-"Eu não sei explicar, mas posso sentir toda a preocupação de vocês. E isso não é agradável para mim" Sorrio. "Não se preocupem. O pior já passou... Mas, eu queria entender, porque isso explodiu agora?''
-''Não faço ideia. Mas com certeza faz parte do seu poder.'' Fala o Kristian. 
-''Descanse agora um pouco, Alice." Fala finalmente o Siobhan ''Estaremos aqui o tempo todo" Dou um largo sorriso para eles. Sinto agora que um pouco da tensão de esvaiu depois do meu sorriso, e fico feliz por isso. Fecho os olhos e me deito no sofá, do qual só agora percebo que fui colocada nele. O que despertou dentro de mim? 

Alice e Kristian - Parte 70!

Sou vislumbrada com tanta gente. Um salão muito maior do que aquele que teve a festa de Natal. Tem um teto muito alto e é todo de vidro, dando uma visão muito ampla do céu noturno, vejo umas coberturas de metal amontoadas nas beiradas do teto, imagino que durante o dia essas coberturas escureçam o lugar. Há tantas pessoas andando, conversando, rindo, se reencontrando que não tenho nem ideia de quantas pessoas existam no lugar. Tento localizar o Tamaki e logo o encontro, conversando com mais dois homens alegremente. Não vou interromper. Logo vejo a Kate e o Greg vindo ao nosso encontro:
-"Então irmão, como está passando?'' Ela diz sorrindo e o abraçando, enquanto o Greg vem ao meu encontro:
-''Oi cunhada, treinou muito depois de voltarem?''
-''Tenho sim Greg, descobri coisas fantásticas e continuo tendo sonhos."
-''Fico feliz por você, Alice.'' Depois de dizer isso vem Kate em minha direção:
-''Alice, como vai? Imagino como você deve estar se sentindo no meio de tanta gente."
-''Vou bem, obrigada. Estou muito nervosa, nunca imaginei que existiriam tantos vampiros assim... E pensar que mais de um mês atrás eu nem conhecia essa outra face do mundo.''
-"Você ainda tem muito pra ver neste lado, pode ter certeza.''
Os três conversam alegremente e fico procurando o Siobhan no meio da multidão. O Tamaki não percebeu minha presença ainda, pois continua conversando e rindo com seus amigos. Realmente há muitos vampiros e vampiras e todos lindos, todos vestidos com kimonos em uma variedade infinita de cores e estampas. Começo a ficar preocupada quando enfim o vejo entrar, com kimono totalmente preto, sem estampa, com os cabelos pretos soltos, seguido por mais quatro rapazes, também com kimonos pretos e cabelos compridos. Ele vem diretamente em nossa direção. 
-"Siobhan. estava ficando preocupada. " Dou um abraço nele e afundo-me em seu ombro largo, com cheiro de gato... sorrio com a ideia que me passou pela cabeça agora.
-"O que foi, Alice?" Ele me pergunta, sorrindo também ao perceber que as coisas estão bem entre nós. 
-"Nada, nada, só um pensamento."
-"Que pensamento?"
-"Me desculpe, mas seu cheiro é sempre o mesmo. E o engraçado é que por mais estranho que pareça, eu gosto cada vez mais dele. Faz você se destacar na multidão." Ele sorri com a ideia. Então o Kristian vem cumprimentar todos eles, assim como fazem Kate e Greg, que está sendo apresentado no geral a todos "Amigos do Siobhan, este é o Greg." E no meio desses cumprimentos, percebo que não me apresentei.
-"Desculpem-me, sou Alice, noiva do Kristian e muito amiga do Sio." Os quatro ficam sérios me olhando até que um deles diz:
-"Desculpe-me se eu estiver errado, mas por acaso você não é a Yuki Morikawa? Sabe né? Aquela modelo..."
-"Por acaso você está certo, mas depois que o Kristian me transformou mudei meu nome."

-"Ah, claro, entendo. Ficamos sabendo dos seus poderes. Você parece ser bem incrível"
-"Hum, nem tanto assim. Não entendi ao certo o que eu consigo fazer. Mas quem são vocês?"
-"Sou o Mehra" Ele é um dos mais baixinhos, e dá um largo sorriso ao dizer seu nome, tem um porte atlético e seus cabelos vão abaixo do ombro. Ele vem em minha direção e me cumprimenta com um abraço, é muito simpático. E logo depois volta para seu lugar anterior.
-"Muito prazer Mehra." Sorrio de volta, sinto nele uma energia muito feliz, leve.
-"Sou o Aziz. Muito prazer, Alice. é um prazer tê-la perto do nosso grupo." Este é um pouco mais alto que o Siobhan, e ele vem em minha direção, e beija minha mão. Muito galanteador, devo dizer. Ele não parece ser tão forte quanto o Sio.
-"Obrigada, Aziz, é um prazer conhecê-lo também."
-"Meu nome é Kamal." Ele somente dá um sorrisinho e aperta minha mão, ele parece ser um dos mais sérios e tem a mesma estatura e porte do Sio, só que com os cabelos um pouco mais curtos. Sinto que ele carrega um fardo muito pesado em seus ombros. Vejo um pouco de tristeza em seus olhos também.
-"Olá, Kamal." Retorno com um sorriso também.
-"Alice, me chamo Fahir, e tenho que dizer que fico feliz por te-la ao nosso lado. Obrigada por dar uma lição no Siobhan, ele merecia." Este é o mais bonito do grupo. Tem a pele muito lisa e morena. Ele também beija minha mão, e um pouco encabulada, consigo falar
-"Não era pra tanto, Ele não merecia aquela esfera de sombras... Mas já que é assim, de nada." Dou um largo sorriso para o Sio, que também ri, junto com o Kristian e os outros. Eles todos nos contam de algumas façanhas e atos heróicos do Siobhan e fico admirada com tantas histórias. Então, meu amigo engraçado e brincalhão na verdade é um quase herói? Nossa. Muitas surpresas só nesse primeiro instante da festa. 
-"Será que posso fazer uma pergunta pra vocês?"
-"Claro, o que quiser saber, Alice." Responde o Fahir, que me parece ser o líder.

-"Há muitos de vocês?"
-"Na verdade não muitos espalhados pelo mundo. Digamos que deve haver menos de vinte." é Fahir que responde.
-"Mas tão poucos assim? Se bem que até pouco tempo atrás nem sabia que Siobhan tinha amigos por aqui..."
-"Nossa linhagem descende dos antigos gatos egípcios, como já deve saber. Mas nossa raça foi praticamente dizimada com as pragas no antigo Egito a milhares de anos. Assim como os puros Gatos Negros, sem a miscigenação com o DNA humano. Estes sim foram realmente extintos." Agora é o Mehra que responde.
-"Sem contar que é muito difícil algum dos filhos herdarem o poder da transformação. Isso é extremamente raro. Por isso, somos tão poucos." Desta vez quem volta a falar é o Fahir.
-"Entendo. O Siobhan falou qualquer coisa sobre isso. Mas porque só vocês estão aqui?"
-"Nós representamos o nosso grupo. A maioria não gosta muito da companhia dos vampiros, mas é claro que estão em total acordo com eles. Apenas não são tão próximos de vocês como nós somos." é o Siobhan  que fala. E eles continuam a falar de seu povo, como eram excluídos da sociedade no antigo Egito, falam dos outros do grupo, contam lendas e histórias sobre deuses na forma de Gato Negro... e fico cada vez mais maravilhada com as histórias.
Imagino que tipo de surpresas mais me aguardam nesta noite. E posso sentir que vem muito mais por aí.

Alice e Kristian - Parte 69

Depois do meu banho tomado, cabelo arrumado com palitinhos, kimono vestido, maquiagem pronta, etc, etc e tal, vou para o Quarto do Kristian, que está deitado na cama, já vestido também. Tão quieto e calmo como uma estátua.
-''Kris, estou pronta tá?" Ele se levanta e me olha atentamente com uma mão no queixo..
-"O que foi Kristian?''
-''Não vou te levar tao bonita assim pra festa, nos vamos ficar aqui"
Nem percebo e ele já está atrás de mim, me pega no colo e me joga em cima da cama, deitando em cima do meu braço, um pouco abaixo a minha cabeça, me abraçando gentilmente
-"Kris, está falando sério? Mas nós temos que comparecer né?"
-"Temos. Mas lá vão estar todos os vampiros do mundo. Alguns vão até te cortejar.''
-"Esta sem autoconfiança? Pare com isso Kristian. Sério. Desse jeito parece que nada do que eu faço ou digo tenham realmente algum sentido pra você."
Baixa um silencio horroroso sobre nós, e fico imaginando se falei de um modo agressivo.
-''Tem razão Alice, me perdoe." Ele me abraça mais forte e eu levanto sua cabeça, me sentando. Coloco um dedo sobre seus lábios e lhe digo:
-"É claro que vão vir me cortejar, a maioria vai me conhecer já. Alguns podem até me convidarem pra dançar, mas não vou aceitar. Porque quero que a noite seja minha e sua."
-"Alice, se alguém te convidar pra dançar, você vai ter que ir dançar, querida."
-''Não, só danço, com você e com o Siobhan, se ele estiver lá, não quero que o clima fique mais estranho do que já está entre mim e ele.''
-''Isso é verdade Alice. Mas querida, você pode dançar com o Tamaki também.''
-''Tem certeza?''
-''Claro que sim.'' Ele me olha com um sorriso doce e compreensivo. ''Só que não vou tirar os olhos de você." Então ele me dá um beijo inesperado. E depois pega minha mão, e diz "Já estamos atrasados"
Vamos até carro em silêncio, e meu nervosismo não para de aumentar.
-''Estou com você Alice.'' E ele segura a minha mão, fazendo passar aquela pequena onda de frio por meu corpo. Ao chegarmos no palácio, Kristian entrega o carro a um rapaz vampiro também, com terno e gravata borboleta. Ao entrarmos pelo corredor principal, decorado com vasos tradicionais japoneses, muito simples mas esplêndidos, garotas com roupas de gala pedem para o Kristian passar seu cartão e ele o faz. Confirmada nossa entrada, seguimos por outro corredor que eu não conhecia, e ao final dele uma enorme porta de madeira, com maçanetas de ouro, e ao lado dela um homem a abre para nós. Sou vislumbrada com tanta gente. 

Alice e Kristian - Parte 68

Infelizmente, chega a hora de nos arrumarmos para o Baile da Princesa.
-"Kris, isso foi para provar que sou somente sua. Espero que tenha gostado."
-"Alice, é claro que eu gostei, mas não existe nada melhor do que ter sua companhia!"
-"Você é um amor mesmo" Dou mais um longo beijo nele e depois vamos pegar os Kimonos para nos vestirmos. Depois de pegar seu kimono, o Kris me dá mais um beijinho e sai. Como foram bons aqueles momentos, aliás, são bons todos os momentos do Kristian. Vou tomar banho antes de colocar a roupa, e quando abro a porta do banheiro, imersa nos meus pensamentos, nem percebo que o Kristian já está tomando banho. Vejo ele por trás do box preto.
-"Ah, desculpe Kristian, nem percebi que você já estava tomando banho."
Ele abre a porta e coloca somente a cabeça para fora:
-"Alice, por favor, não precisa pedir desculpas. Somos noivos. Você tem total liberdade aqui em casa."
-"Tudo bem, mas vou esperar lá fora..."
-"Nem precisa, querida, já terminei." Ele desliga o chuveiro e continua dizendo "Pode me alcançar a toalha por favor?"
-"Claro, Kris." Pego a toalha em cima da mesinha e entrego por uma pequena abertura no box. Ele pega, agradece, e depois fecha o box de novo. Aposto que se não fosse vampira, estaria muito vermelha. Fico esperando, sentada na mesinha.
-"Kris, como vai ser esta festa?"
-"Como assim?"
-"Não entendo porque a Princesa faz tantas festas. Claro que imagino que já que a maioria dos vampiros tem uma vida solitária, ela queira os reunir para ficarem próximos e se sentirem melhores nestas datas, não ficarem ainda mais infelizes pensando no que poderia ter acontecido se realmente tivessem morrido. Mas imagino que não seja somente por isso."
O Kristian sai do box enrolado na toalha. Imediatamente sinto seu cheiro novamente. Que homem mais lindo. Já fiz muitas fotos com homens sem camisa, mas o Kristian realmente é um deus grego. Que homem belo eu tinha a minha frente. Quando ele começou a falar, tentei prestar o máximo de atenção possível, mas realmente foi difícil.
-"Você está completamente certa querida" Ele pega outra toalha no armário e começa a passa-la no cabelo.
-"Estou?"
-"Está. A Princesa tem muitos discípulos espalhados pelo mundo. No Natal, é feita principalmente a reunião dos que moram somente no Japão. Mas no Ano Novo vem todos, de todas as partes do mundo. Então imagine só quanta gente terá hoje lá."
-"E por que isso?"
-"Como estas pessoas estão espalhadas pelo mundo para realizar missões, não se tem um sistema de controle muito bom pra saber quem foi e voltou de uma missão. Em cada país se tem secretárias, que falam com os vampiros para irem pra tal missão, eles passam por elas, "assinam" a saída e chegada com um cartão especial. Há lugares em que é difícil manter contato por mensagem ou ligações... então o sistema não é muito efetivo. Dessa forma, os vampiros sabem que obrigatoriamente no Ano Novo eles tem que estar presentes na festa, para passar o cartão e baixar no sistema que estão presentes, assim, se não tinham "assinado" o dia da chegada da missão, já entra no sistema que eles voltaram. No final da festa, eles analisam quem está faltando na lista, analisam a lista de quem avisou que não poderia comparecer, e analisam a lista de saída. Desta forma sabem se tem que partir para o resgate de alguém ou coisa assim. Ela faz uma festa dessa de vez em quando em cada ludar separadamente. Por exemplo, lá na Finlândia logo deve ter uma festa dessas, mas só para quem mora nas redondezas." Ele sorri pra mim ao perceber o modo como olho para ele.
-"Claro, faz todo o sentido agora. Mas não ganhei um cartão ainda... E a Kate e o Greg vão estar lá?"
-"Isso porque você não foi chamada pra nenhuma missão ainda. Eu não tenho certeza, mas é bem provável que sim. "
-"Que bom Kris!" Fico pensativa sobre o assunto e imagino quantos milhões de vampiros estarão lá... será que encontrarei alguém que eu conheço? Só percebo o quão perto o Kristian está de mim quando sinto suas mão frias tocando meus joelhos. Olho para ele e vejo seu rosto muito perto do meu, eu adoro quando ele faz isso.
-"O que foi Krisian?"
-"Nada não, só estava admirando sua expressão pensativa. Você é tão bela de todas as formas, que me perco observando sua linda face"
-"Você só pode estar brincando né? Eu tenho um deus grego aqui na minha frente só de toalha e você fala da minha expressão pensativa?" Dou um largo sorriso com a ideia.
Ele dá altas risadas. Que risada gostosa de se ouvir.
-''Ai Alice, como pode duvidar dessa forma de sua beleza?"
-"Não sei quanto a isso. Mas posso dizer que você realmente me seduz assim.'' Dou mais um longo beijo nele, e quando meus olhos se reencontram com os dele, ele me pega no colo e me coloca no chão, me dando um abraço apertado. 
-''Querida, vai tomar seu banho porque precisamos estar prontos logo''
-''Sim senhor mestre'' brinco, fazendo reverência... ele dá mais um sorriso, e antes mesmo dele fechar a porta atrás de mim começo a tirar a roupa. Ao escutar ele fechar a porta entro no banho, imaginando o tipo de pessoas que encontrarei lá.

sábado, 25 de agosto de 2012

Alice e Kristian - Parte 67 do ponto de vista do Kristian!!!

Chegamos em casa e Alice vai colocar as compras em seu quarto. Fico imaginando o que ela quis dizer no carro. Será que fui errado em sentir ciúmes? Acho que qualquer um sentiria, afinal quando percebi, o Tamaki já a tinha em seus braços e girava alegremente com ela, sem eu nem saber sua história. Se eles são tão próximos como não sentem nada além de um amor fraterno de irmãos? Não entendo como isso pode acontecer. Do meu lado, é normal eu ter amado a Kate como uma irmã, já que quando encontramos ela, ela estava na rua, suja, tão pequena e indefesa, e viu aquela atrocidade toda que eu e Akira fizemos, e depois criamos ela até ter a idade certa para decidir o que queria. Mas os dois cresceram juntos, dormiam juntos quando criança, trabalhavam em ramos diferentes da moda mas se encontravam sempre, faziam tudo juntos. Espero mesmo que isso que tenho em mente seja loucura. Mas por que não consigo aceitar isso?  Está tudo confuso agora, mas é claro que acreditarei nas palavras dela. Não tenho motivos concretos para desconfiar. Estou ficando paranóico.  Estou com fome. Vou até a geladeira, e assim que chego lá escuto a minha Alice chegando:
-"Está com fome?" e abro a geladeira. Será que falei muito rispidamente?  sinto seu perfume assim que chega rapidamente ao meu lado, seu perfume doce.
-"Pra falar a verdade, estou sim" Ela sussurra delicadamente em meu ouvido e me puxa pelo braço até que eu sente ao lado dela, ainda sinto o seu hálito fresco em meu pescoço. Ela me beija, um beijo suave e doce como sua fragrância.  Sinto-me o homem mais feliz do mundo só por ela querer minha companhia, e ainda mais feliz quando seus lábios tocam os meus. Lembro-me da primeira vez que a beijei, a sensação de ter minhas mãos em seu rosto frio, de te-la, talvez, só pra mim. Ela escorrega seus lábios pelo meu pescoço, e não consigo me controlar, já sorrio, adoro quando ela faz isso. E então, me surpreendo ainda mais com minha Alice. Sinto seus dentes penetrarem com o maior cuidado que alguém poderia imaginar, nem eu fui tão cuidadoso assim quando a transformei, se bem que ela estava morrendo em meus braços, mas isso não justifica nada. E então sinto meu sangue sendo sugado lentamente; mas não é algo doloroso, é muito prazeroso pra dizer a verdade. E sinto algo me consumindo intensamente, é algo que não se pode explicar, não existem palavras suficientes par isso. Espere! Agora sinto algo diferente! Algo que ouso dizer ser mais contagiante. Tenho a sensação de que não existe mais nada de ruim dentro de mim, nenhum rancor, nenhuma mágoa, tristeza, nada sombrio. Vejo e sinto as coisas de outra forma agora. Será que isso é normal? Nunca fui mordido por outro vampiro depois que me transformei.  Qualquer um sente isso? Infelizmente, minha sensação começa a se esvair. Percebo que Alice retirou seus dentes e já fez cicatrizar as feridas. O estranho é que ainda tenho a sensação de que algo dentro de mim que era ruim foi tirado. Tenho a sensação de liberdade. Abro os olhos e sorrio com a ideia. E só então percebo o que ela quer dizer com isso. E sorrio novamente e digo:
-"Nossa, como isso é bom..." Eu a olho, e a trago para mim, a deito no meu colo e a beijo, beijo seu rosto e volto para seus lábios. Os doces lábios da minha amada, que continuam rosados, apesar de sua pele ser ainda mais branca do que era. Pergunto pra ela se realmente é o que eu estou pensando:
-"Querida, isso quer dizer.....?"
-"Isso mesmo que quero dizer." Ela sabe que esse era o sinal que queria para eu morde-la. Então
viro seu rosto de lado, tiro seus lindos cabelos dourados de seu pescoço e o beijo. E o mais gentilmente possível, penetro meus dentes, esperando que ela não tenha sentido dor alguma. E subitamente vem aquele sabor, o doce sabor de seu sangue, passando pela minha boca, aproveitando o máximo. Como é bom, e tem uma fragrância de muitos perfumes, uma mistura perfeita de flores silvestres. Sinto um enorme prazer em senti-la em meus braços, de poder sentir novamente o sabor, mas desta vez não é igual a outra. Naquele doloroso dia, ao tê-la com um finíssimo fio de vida, tinha cheiro de dor, angustia, de morte. Mas agora não, agora posso senti-la como verdadeiramente deveria ser, de uma forma abrasadora, com seu gosto e perfume me preenchendo de felicidade, tirando minhas incertezas sobre como seria nosso relacionamento, se seria somente Mestre-Discípulo ou se eu conseguiria ter seu coração inteiramente para mim. Posso sentir seu verdadeiro eu com esse sabor. O Akira me dizia que o sabor mostra o que as pessoas são, ou como estão. Espero que isso seja verdade. Tenho medo de perdê-la para outro alguém. Minha vida é inteiramente dela, minha vida se resume nela agora. Nada poderia fazer se ela me deixasse. Só o pensamento me faz estremecer. Não! Não a deixarei, enquanto eu achar que serei capaz de faze-la feliz, não a deixarei. Agora, aproveito o último resquício do sabor e fragrância, não posso tirar mais dela. Ela já me deu o bastante, me provou que não preciso me preocupar tanto. Ela se entregou para mim. Retiro meus dentes, e passo a língua para cicatrizar. Olho para ela e sorrio, meu Deus, como isso é bom. Ela fala pra mim com uma expressão curiosa:
-"Gostou amor?"
-"Estava uma delícia. Mas Alice, não há nada melhor que isso:" A pego em seus braços e lhe dou um longo beijo, ainda tenho um pouco do sabor em minha boca, mas, por melhor que seja o gosto, ou fragrância ou o prazer, não há nada melhor do que seu beijo, seu abraço, o carinho que ela me faz. Nada melhor do que ter simplesmente sua companhia. Mesmo que tivéssemos a clássica relação de Mestre-Discípulo, estaria completo, e nada mais do que isso precisaria. Mas já que o Destino me presenteou com meus sentimentos por ela serem correspondidos, agora digo que não preciso de mais nada na minha existência, se eu puder ter ela ao meu lado, estarei bem. Depois a olho e damos risadas. Então, repentinamente ela fala:
-"Eu te amo Kristian, sou e serei eternamente sua! Somente para você, somente com você."
então completo:
-"Eu te amo Alice. Mais do que qualquer coisa em toda a minha existência. Você é única. Nunca haverá nada além de mim e você. Nada poderá nos separar."
 Envolvo meus braços na minha garota e ficamos aproveitando o momento. Quero protegê-la de tudo. Não quero vê-la sofrer. Desejo que este momento nunca acabe. Desejo que possa ficar eternamente com ela, somente com ela. Faria tudo por isso.

Alice e Kristian - Parte 67

Chegando em casa, vou colocar as roupas no meu quarto. O Kristian diz quando estou passando pelo corredor de volta para a sala:
-"Está com fome?" E o vejo abrindo a geladeira. Imediatamente, em menos de um segundo, estou ao seu lado, e sussurro em seu ouvido:
-"Pra falar a verdade, estou sim" O puxo rapidamente pelo abraço e o faço sentar ao meu lado no sofá. Dou um beijo nele, depois escorrego meus lábios pelo seu rosto até chegar ao seu pescoço, e então, o mordo. Tento penetrar meus dentes o mais delicado possível, se é que morder alguém para sugar seu sangue possa ser delicado, para não o machucar. E então, começo a sugar lentamente, e aquele delicioso sabor me deixa entorpecida, o delicioso sabor de seu sangue vêm suavemente passando pelas suas veias até chegarem aos meu lábios, que querem cada vez mais aquele sabor para si. Sinto a fragrância doce que têm. Algo certamente tenebroso e maravilhoso, frio e quente ao mesmo tempo. Apesar de seu sangue não circular mais e seu corpo estar morto, é como se aquele sangue vívido e cálido passasse a fazer parte de mim e me tornar mais forte, mais segura. Sinto que estou me impulsionando cada vez mais, cada vez mais eu quero aquela sensação novamente, então paro, retiro suavemente os dentes, e decido lamber umas gotas de sangue que escorreram, e os buracos dos dentes começaram a cicatrizar.Olhei par ao Kristian e ele estava de olhos fechados, quando percebeu que eu havia parado, ele olhou para mim com uma nova expressão no rosto, um novo sorriso, o sorriso, do qual eu chamaria de: extremamente feliz e satisfeito; depois ele olhou para mim com o outro sorriso, o sorriso do qual eu chamaria de: entendo. Estão aí dois sorrisos que eu nunca tinha visto antes. Seu rosto reluzia de tanta felicidade.
-"Nossa, como isso é bom..." Ele me olha e me puxa para sim, me deita em seu colo e me beija, beija me rosto e depois volta para os meu lábios. Quase não sei definir o que é melhor, seu beijo ou o gosto de seu sangue... Acho que fico com o beijo. Porque, apesar de tudo, é quase como se eu estivesse retirando dele a que seria o Elixir da Vida... é meio macabro do meu ponto de vista.
-"Querida, isso quer dizer.....?"
-"Isso mesmo que quero dizer." Ele sabe que isso é sinal de que agora que fiz minha parte, ele pode fazer o que sempre quis, tomar meu sangue para si.
 Ele vira meu rosto, tira o cabelo do meu pescoço e o beija, depois tão delicadamente ou até mais do que eu, ele penetra seus dentes, não sinto dor nenhuma. Depois tenho uma sensação muito prazerosa, imagino que seja quando ele começa a sugar o sangue. Não sinto como se algo estivesse sendo arrancado de mim. Sinto como se, como se... come se estivesse sendo tirado algo ruim de mim, tirado um peso. Imagino se ele sentiu tal coisa também, e tento imaginar se ele sente a mesma coisa que eu senti enquanto eu estava com meus dentes fincados em seu pescoço; sorrio com a ideia, mas acho difícil algo ser tão delicioso quanto ele. É bom sentir seus lábios gélidos querendo algo meu. Fico feliz que ele queria  meu sangue para ele, e somente o meu, de mais ninguém. De repente, sinto ele tirando seus dentes e seus lábios, ele passa a língua e sinto os buracos se fechando. Ele olha pra mim com mais uma expressão nova, um novo sorriso, o sorriso de: estava ótimo, obrigado.
-"Gostou amor?"
-"Estava uma delícia. Mas Alice, não há nada melhor que isso:"
Ele me pega em seus braços e me beija, um demorado beijo.
-"Realmente não há nada melhor do que isso" Damos risadas e depois digo:
-"Eu te amo Kristian, sou e serei eternamente sua! Somente para você, somente com você."
-"Eu te amo Alice. Mais do que qualquer coisa em toda a minha existência. Você é única. Nunca haverá nada além de mim e você. Nada poderá nos separar." Ficamos curtindo nosso momento juntos mais um tempo. Ele me envolve com seus braços carinhosamente, me protegendo. Queria que esse momento não acabasse jamais.
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Minna (*Pessoal*)! espero que tenham gostado dessa página. Eu amei escrevê-la, tanto que vou fazer um especial dela. Vou escrevê-la novamente, mas do ponto de vista do Kristian, falando o que ele sente, ele mesmo descrevendo. Vai ser bom para vcs conhecerem melhor o Kristian ^__^x Parece meio macabro essa ideia de um gostar do sangue do outro e querer cada vez mais, mas isso é o que nós jogadores de RPG
("Role Playing Game" - "Jogo de Interpretação de Papéis" mais ou menos isso) chamamos de "laço de sangue" é o que une o mestre e o discípulo. Embora Alice e Kristian tenham se apaixonado, o que é mt comum entre eles, dependendo é claro da relação que existe entre eles (afeto, respeito, violência) Espero que gostem da página especial =D Até mais!              

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Alice e Kristian - Parte 66

Chegando lá, vou a procura do meu kimono perfeito. Encontro um preto florido. Realmente lindo! [Imagem no Final do post ^__^] 
-"Então Kris, o que achou deste?"
-"Vai ficar lindo em você querida. Bom, vou procurar um preto pra mim então..."
-"Este aqui Kris... O que acha?" Era um preto simples com pequenos detalhes em azul escuro...
-"Tá ótimo." [Não vai ter imagem do kimono do Kris pq não achei nenhum que me agradasse XD]
-"Preciso comprar os acessórios pra cabelo agora, Kristian, a loja é ali do lado."
-"Você quer ir indo, querida? Enquanto eu pago?" Quase que vou indo na frente, mas daí penso no que o homem do meu sonho pediu, para ficar ao lado do Kristian , para cuidar dele. E desisto da ideia de ir na frente.
-"Eu espero." Saímos juntos da loja e vamos logo procurar os acessórios pro meu cabelo. Vejo logo que tem umas presilhas com flores pretas e rosas, para combinar com o vestido. Fico muito contente ao me lembrar que meu velho amigo, não tão velho assim, está de volta, e pretendo chama-lo para arrumar meu cabelo. Saindo da loja e voltando para o carro, dou a ideia ao Kristian :
-"Kris, eu posso chamar o Tamaki para arrumar meu cabelo?"
-"Claro querida. Fique a vontade." Ele sorri para mim, abre a porta do carro, e em menos de um milésimo de segundo, ele já está sentado ao meu lado.
-"Mas Alice..."
-"Sim amor, o que foi?" Vejo a preocupação em seus olhos:
-"Querida, você sente algo por ele?"
-"Kristian, como assim?"
-"Vocês pareceram tão próximos no Natal... E vocês no momento em que se viram, ele já veio lhe encontrar, e o jeito que conversavam... a sei lá... me senti inseguro naquele momento." Ele abaixa a cabeça como se estivesse com vergonha. Levanto seu queixo e o forço a olhar pra mim. Senti uma lágrima correndo pelo meu rosto, eu sentia ela suavemente, mas percebia que ela era fria. 
-"Kristian, não culpo você pelo jeito como se sente. Eu acho que me sentiria da mesma maneira no seu lugar. Mas, o que sinto por ele é como se fosse o que você sente pela sua irmã. Vivíamos juntos quando éramos crianças, fomos praticamente criados juntos, crescemos juntos. Ele é só alguns anos mais velho que eu, e ele era como meu irmão mais velho, que cuidava de mim quando tinha trovoada, quando meus pais não estavam em casa, assim como a madrinha, mãe dele. O padrinho também era muito querido, fazia ótimos lámens em casa" Dou um pequeno sorriso ao lembrar dessa época "Comemorávamos os novos trabalhos dos meus pais e dos padrinhos com uma boa janta na casa do padrinho... Mas amor, acredite, é só isso que sentimos. Quantas namoradas acha que ele teve nesses anos todos? Acha que se eu estivesse apaixonada por ele esses anos todos deixaria?" Ele abaixa novamente o rosto envergonhado.
"Amor escuta, eu amo você. Eu te esperei esses anos todos. Sabia que encontraria alguém como você algum dia. E é você que eu quero pra mim. é com você que quero e vou me casar. Não vou deixar você se escapar tão facilmente. Ainda mais agora que sou sua noiva." Sorrio para ele e ele retribui "Como eu disse, você tem todo o direito de se sentir inseguro, mas não deve. Não há motivos verdadeiros para isso. Sou sua. E vou ser somente sua, por toda a eternidade que nos espera."
-"Me desculpe, Alice, não deveria desconfiar disso."
-"Não tem nada do que se desculpar, amor. Agora venha cá." O abraço fortemente e fico repetindo em seu ouvido as palavras "te amo e sempre amarei, sempre vai ser você, Kristian" 
-"Vamos Kristian. Quero lhe fazer uma surpresa."
-"Como assim?"
-"Você saberá na hora." 
-"Certo Alice, mas antes..." Ele me puxa para si e me dá um longo e caloroso beijo, passando suavemente as mãos pelo meu rosto. Sinto como se estivéssemos em perfeita harmonia. Como se não houvesse nenhuma preocupação que nos separássemos. Como se não houvesse nada além de nós dois. Como se o mundo fosse só nosso, e que o tempo não pararia.




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Kimono da Alice. Ele não é aberto assim na frente, ele é fechado até em baixo, como os kimonos tradicionais são:





domingo, 1 de julho de 2012

Alice e Kristian - Parte 65!

A campainha toca.
-"Eu atendo Kris..." Vou até a porta, e vejo Acira, vestida com calça social, blusinha de manga comprida branca com coletinho preto por cima.
-"Boa tarde senhorita Alice. Venho em nome da Princesa Natasha entregar a você e ao Sr. Kristian este convite para a comemoração do ano novo esta noite. Esperamos vocês lá."
-"Certo, obrigada Acira."
-"Ao seu dispor senhorita. Até esta noite."
-"Até." Ela sai em direção ao carro e vai embora. Me viro para o Kristian, que me observa com atenção, então fecho a porta atrás de mim. E leio o convite magnifico para simplesmente convidar para uma festa de ano novo. [nota da autora: segundo o link http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano_Novo_Japon%C3%AAs o ano novo no Japão se comemora no que seria para nós o dia 1° de janeiro.]
-"Caros amigos Kristian Michaellis e Alice Michaellis, venho através deste convidar-lhes para uma comemoração do Ano Novo. Como de costume feito em minha Mansão com roupas tradicionais. [Segunda nota da autora: só para lembrar, as roupas tradicionais são Kimonos, como visto em http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimono] Aguardo vocês anciosamente. Com carinho, Natasha."
-"O que acha Alice?" Vejo em seu olhar uma pequena súplica para que eu concorde em ir " Adoraria vê-la de kimono..."
-"Se você quiser ir... vamos então. Só que não tenho nenhum kimono aqui."
-"Vamos logo comprar então." Terminamos nosso "café" e saímos para ir as compras. Tenho certeza que o Kristian não tem nenhum kimono.
-"Kristian, eu conheço uma loja de kimonos, fica perto da agência..."
-"Certo."
Chegando lá, vou a procura do meu kimono perfeito.

sábado, 16 de junho de 2012

Alice e Kristian 64!

Acordo e já são 14h. O sol está claro, apesar de estar um pouco frio ainda. Kristian está sentado em uma cadeira perto da cama, lendo um livro, mas não presto atenção na capa.
-"Bom dia querida! Durmiu melhor depois daquele sonho?"
-"É claro que sim. Você canta muito bem." Vou me levantando e dou um beijo dou seu rosto, depois lhe dou um abraço demorado, enquanto digo baixinho
-"Que bom que está aqui a salvo." Ele me abraça gentilmente, passando os dedos pelas minhas costas, provocando um friozinho por onde seus dedos passam. Seu cheiro alucinante, sua pele gélida, seu rosto perfeito, seus cabelos presos por um linda trança que cai por seus ombros, tudo nele me faz me sentir segura, e faz com o que o ame cada vez mais, não só por sua beleza, mas por seu caráter, sua gentileza, seu amor... Como pode eu ser noiva de alguém tão incrível? Será que eu mereço todo esse amor? Todo esse carinho? Meus pensamentos são interrompidos pela frase:
-"Sempre estarei com você, Alice. Sempre. Eu a amo mais que tudo nesse mundo. E mesmo que não estivermos perto, estarei pensando em você, e estarei ao seu lado. Por isso, não se preocupe. Nada pode nos separar, e nada pode quebrar o que sinto por você"
Só quando ele termina a frase vejo que lágrimas caem de meus olhos, escorregando lentamente pela minha pele morta e fria, caindo suavemente em seus ombros. Ele se levanta e me abraça mais forte, me protegendo de qualquer pensamento, qualquer pessoa, qualquer coisa que possa me separar dele. Somente ele existe em meu mundo agora. Só ele que está nos meus pensamentos. Porém, sou invadida por uma onde de medo, preocupação e desespero, que me levam a lembrar das frases daquele homem do sonho. O que ele quis dizer com aquilo? O que está por vir? O que acontecerá? Por que tenho que cuidar com o que acontece? Estou tão preocupada, tão desesperada que me imagino num mundo sem o Kristian. Mas não. Não posso viver em um lugar sem ele! Minha vida é ele! Por que vai acontecer algo? Não podemos ficar juntos? Novamente meus pensamentos são interrompidos pela sua voz gentil e encantadora:
-"Alice! Olhe querida, estou bem aqui. Não fui embora. Por que está falando essas coisas?"
Eu falei alguma coisa será? Parecia que eu estava apenas imaginando....
-"O que eu falei?"
-"Falou algumas coisas sobre o que vai acontecer, e de que não poderia viver em algum lugar sem mim... Mas olhe Alice. Estou aqui." Ele encosta seus lábios nos meus e me passa um onda de frio, de amor, sinto como se estivesse tudo bem. E então ele começa a cantar novamente a música da noite passada. Me sinto bem melhor gora. É como se o manto negro do Medo tivesse baixado sobre mim. E agora, consegui me livrar dele. Ficamos assim daquele jeito um longo tempo, até que eu finalmente me acalmasse voltasse a realidade.
-"Está tudo bem agora meu amor?"
-"Sim Kris, está tudo bem agora." Sorrio para ele. E ele me beija novamente, e é um beijo tão repentino que me deixa ainda mais feliz.
-"Acho que vou me trocar."
-"Ok amor, vou ir prepar o 'café' " Ele pisca pra mim e me deixa a vontade para me trocar. Coloco um casaquinho de lã com listras, uma sainha de renda, uma meia arrastão, uma botinha preta de cano baixo, e os cabelos completamente soltos.
Assim que saio do quarto percebo que a TV está ligada, algo muito raro por aqui. E o Kristian está sentado no seu lugar habitual, esperando por mim. Chego ao seu lado e lhe dou um beijo no rosto, assim que pego a taça na mão, a campainha toca.




terça-feira, 12 de junho de 2012

Alice e Kristian - Parte 63!

e então, sonho novamente. Estou na floresta. Na floresta sombria, negra, escura, na qual me encontrei com o homem. Ela é exatamente o contrário da floresta que me encontro com a mulher. Essa floresta é fria. As árvores finas e mortas, que me mostram um caminho por entre elas. No meio do caminho, vejo ele. O homem desconhecido. Vou em sua direção, enquanto isso percebo que estou vestida de preto. Com calça e camisa preta. Cabelos completamente soltos. Chego bem em frente a ele, mas não vejo seu rosto. Não há luar, nem estrelas para iluminar a noite. Tudo o que vejo em um corpo escuro. 
-"Senhor, o que quer de mim?"
-"Não sou seu senhor, querida Alice. Tudo o que quero, é o que te pedi no sonho anterior."

-"Lembro-me claramente do que me pediu. Mas por que veio se comunicar comigo?"
-"Você precisa proteger os que estão ao seu lado. Principalmente seu noivo."
-"Mas proteger do que?" Ele dá um pequeno sorriso que escuto bem baixinho.

-"Alice, não posso lhe dizer. Mas prepare-se para o que não demorará mais tanto para chegar. Treine, e procure proteger os seus. Não deixe nenhum fato escapar de sua vista. Por favor." Sei que seu pedido é mais uma imploração do que um simples pedido.
-"Claro que sim. Mas quem é você?"
-"Você não iria me reconhecer."
-"Mas você me conhece de algum lugar... de onde?"
-"Da sua mente...." E então acordo rapidamente. As luzes estão acesas e estamos no sofá ainda. Olho pro relógio e são 2h da manhã. 
-"Kris... amor, vamos dormir na cama." dou um beijo em seu rosto.
-"Nossa. Dormimos no sofá de novo. Claro que sim." Seguimos para o meu quarto e vejo que ele para na porta  enquanto eu vou levantando as cobertas.
-"Boa noite Alice." Ele chega do meu lado e me dá um beijo. Depois se vira para sair, mas pego rapidamente no seu braço e o seguro com muita força.
-"Por que está indo?"
-"Pensei que quisesse dormir sozinha, já que veio para o seu quarto e..."
Nem o deixo terminar a frase e já digo:
-"Kris, por favor, durma aqui, não vá embora." Só quando termino a frase é que percebo que estou com muito medo de estou muito aflita, ele percebe isso.
-"Amor, o que foi? Mais um sonho?" Concordo com a cabeça.
-"E o que foi dessa vez?" Ele se senta na cama, me puxando para que eu sente de lado em seu colo.
-"Foi com aquele homem."
-"E o que ele lhe falou dessa vez?"
-"Eu perguntei do que ele queria que eu lhe protegesse, ele não me respondeu, só disse para me preparar e não deixar passar nada por minha percepção. Depois perguntei quem ele era, e ele disse que eu não o reconheceria, e que ele me conhecia da minha mente."
-"Então agora podemos constatar que é um vampiro poderoso e que te conhece muito bem. Mas como que ele pode estar perto o suficiente para lhe fazer sonhar?"
-"Não sei Kristian. Só sei que estou preocupada..."
-"Vamos nos cuidar amor, agora vamos tentar dormir novamente, eu estou aqui com você." Ele me puxa para perto de si, fazendo que eu fique de frente para ele. Ela faz carinho nos meus cabelos e canta Prince de Versailles Philharmonic Quintet, num ritmo bem lento, diferente da música original. Mas aquelas palavras calmas, suaves, sussurradas lentamente,  e me deixam tranquila. Até que eu durma novamente.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Alice e Kristian - Parte 62!

[...] ouço alguém bater na porta. Olho para o relógio e vejo que são 8 da noite.
-"Eu abro" Digo, dando um beijinho rápido em seu rosto e ajeitando os cabelos. Quando chego a porta me deparo, nada mais, nada menos que: Haruka! Sim, minha ex-chefe que deve estar super-preocupada.
-"Oi Haruka! O que faz aqui?"
-"Oi Yuki. Vim ver se você estava..." Ela olha pra dentro de casa e vê o Kristian vendo TV "...Bem."
-"Entre, por favor."  Seguimos em direção a sala.
-"Olá Cristofer."
-"Olá dona Haruka; Como vai? Sente-se, por favor" Todos nos sentamos.
-"Vou bem. Yuki, o que anda fazendo, fiquei sabendo que trabalha para a Natasha."
-"Ah, sim. Nós dois trabalhamos com ela."
-"Certo, e porque você está na casa dele, e não na sua?"
-"Olhe aqui..." Mostro o anel de noivado para ela, sua reação não é tão boa quanto a que eu esperava.
-"Nossa, conheceu o 'Kristian' a poucas semanas e já está noiva?"
-"Sim, eu o amo."
-"Eu eu amo ela. Levei ela para a Finlândia uns dias atrás, na casa de minha irmã."
-"Sério Haruka, como chegou aqui?"
-"Bem, você sabe. Conheço você desde criança e não ia engolir aquela história. Tenho algumas fontes e me encontrei com a Natasha, que me deu seu novo endereço.  Mulher linda ela. E então, como não estava em casa, decidi vir, para ver como você estava."
-"Haruka. Eu não queria mais trabalhar como modelo. Você com certeza não ia engolir aquela história, e pra você não mandar a polícia atrás do Kristian, pedi a ele que se denominasse Cristofer. Como você bem já descobriu. Tenho certeza que você chamou a polícia."
-"Bem na verdade eu chamei sim. Mas não deu em nada."
-"Viu? Não a culpo. Eu também acharia muito estranho toda essa história. Mas estou super-feliz. Encontrei um novo rumo para a minha vida, conheci novos amigos, conheci um novo lugar, me apaixonei perdidamente pelo meu salvador estou noiva." Pego suas mãos e as seguro bem firme, olhando em seus olhos. "Haruka, acredite, nunca estive tão feliz!" Ela olha séria para mim. Depois para o Kristian, que confirma com a cabeça.
-"Bem, a Natasha disse que você já trabalha algum tempo com ela e me garantiu que confia muito em você. Então, também confiarei." Nós dois abrimos um sorriso enorme e ela continua "E você não tem uma cara de psicopata que repreende minha quase filha." Ela sorri também "Desculpe Yuki, se peguei pesado."
-"Não tem nada com que se desculpar, eu também agi muito errado com você"
Então o Kristian me surpreende com a simples frase:
-"Quer comer um yakisoba com dangos? Tem um restaurante aqui perto... Não temos nada em casa, ficamos fora por muito tempo, mas infelizmente já jantamos...."

-"Não, não, não se preocupem, estou ótima."
-"Haruka, nem acredita com quem que eu encontrei esses dias. Duvido que adivinhe!"
-"Hum... Vamos ver..." Ela coloca a mão no queixo e fica pensando:
-"A Sarah, aquela sua inimiga de carreira de modelo?"
-"Errou! Nunca mais quero ver essa garota!"
-"Então com quem?"

-"Com o Tamaki!"
-"Sério? Não acredito, aquele idiota sumiu no mundo e não deu mais sinal!"

-"Sim, perguntei para ele por onde andava e ele me disse que tava morando com sua família em algum lugar da Europa, não lembro aonde... Ele está ótimo. Agora também trabalha para a Natasha."

-"Nossa! Se ele está bem é o que importa... Você se lembra daquela vez na Itália em que................." E ficamos conversando mais um  pouco até que ela se levanta e diz:

-"Yuki, espero que fique bem. Por favor, se acontecer alguma coisa me avise, OK?"
-"Sim, obrigada pela preocupação, mas eu estou ótima!"
-"Então felicidades, minha querida."
-"Obrigada."

-"Adeus, Kristian."
-"Tchau, vá com cuidado."
-"Certo, adeus." Levamos ela até a porta e  observamos ela partir." Voltamos para a sala, nos sentamos e solto um longo suspiro. De repente, Kristian me puxa agilmente,  fico sentada de lado em seu colo, ele olha diretamente em meus olhos e me diz:
-"Você está bem?"
-"Sim, já imaginava que isso poderia acontecer." Então ele passa suavemente a mão em meu rosto, e depois me dá mais uma beijo, um longo e doce beijo. depois disso, vejo que são 10 horas da noite já...

-"Kris, preciso tomar um banho..."
-"Ok meu amor, fique a vontade, mas não sem mais um beijo!" Dou mais um beijo nele e vou para o quarto, pegando minha camisola e depois seguindo para o banheiro. Depois de um longo banho, vou indo em direção a sala e o Kristian está bebendo mais uma taça, e lendo Vampire Knight, mangá de Hino Matsuri. Sempre adorei esse mangá. Vou em sua direção, sento ao seu lado e digo:

-"Posso tomar um gole?"
-"Fique a vontade." Ele tira o cabelo do pescoço, deixando ele livre para que eu possa morde-lo, chego perto do seu pescoço e dou só um mordiscada, que nem fura a pele. Olho para ele sorrindo:
-"Ahhhhhh, achei que ia me morder mesmo." Ele faz um biquinho, querendo parecer decepcionado. Dou um beijo nele e depois ele me entrega a taça, e dou um gole:
-"Então você também gosta de  Vampire Knight?"

-"Na verdade, achei esses mangás perdidos dentro do meu armário. Olho para o chão um apilha deles.
-"Nossa, e você nunca leu?"

-"Só por cima." Olho para a parte que ele está lendo, está no primeiro volume só. Ficamos ali bebendo sangue e lendo o mangá, fazendo comentários, e às vezes conto umas partes do que acontece para frente. Até que caímos no sono ali mesmo. E então sonho novamente.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Alice e Kristian - Parte 61!

Chegamos em casa, depois de um longo dia. Me dirijo logo para a cozinha fazendo o de sempre: pegando comida pra mim e pro Kristian. Sento-me ao lado do meu belo, magnifico namorado entregando-lhe a taça.
-"Obrigada, Alice."
-"De nada. Kris, sabe o que eu tava pensando?"
-"Que você deve estar orta de cansada?" Apesar de não nos cansarmos de nada...."
-"Não. Tava pensando se na sua antiga casa não pode ter nenhuma pista sobre o seu mestre. Gostaria de conhece-lo."
-"Pode ser. Mas já fui lá procurar, e não há nada. Sabe, acho que ele tinha um motivo para se distanciar... Conheço ele. Ele não faria nada de errado. Terminamos as taças, eu as lavo. Quando percebo sinto o cheiro do Kristian cada vez mais próximo a mim. Até ele chegar atrás de mim e me abraçar, delicadamente. Suas mãos frias em minha barriga, mesmo que por cima da roupa posso sentir a frieza delas. Com uma das mãos tira meu rabo-de-cavalo de cima do meu ombro e beija meu pescoço, subindo pela orelha e depois pela bochecha. Tão gentilmente ele me abraça, me beija, como se eu fosse um cristal prestes a se quebrar. Sinto sua respiração (mesmo que ele não precise respirar), poderia dizer que me causaria arrepios. Terminando de saborear o momento lembro-me do dia turbulento, me viro para ele e falo:
-"Kris, meu amor. Eu corri quilômetros, lutei, escalei uma arvore e dormi nela. Devo estar no mínimo suja, e..."
-"Shiiii." Ele Coloca um dedo em meus lábios, depois acaricia minha face, solta meu cabelo do amarrador e brinca com ele, depois volta a me olhar nos olhos, e eu sinto que ele me ama tanto quanto eu amo ele, se é que podemos dizer o quanto é que vale nosso amor. Nos comunicamos em silêncio, transmitindo nosso amor apenas pelos olhares e carinhos. É como se... come se... Nem sei explicar com as palavras certas. Ele é meu eu. É tudo o que tenho agora. E eu o amo, mais do que alguém possa imaginar... E nosso amor não é de namoradinhos que acabaram de se apaixonar, e decidem sair juntos. Não. Não é tão simples. O que sinto por ele é mais complexo que isso. Parece que meu amor por ele vem de séculos atrás.  Meu amor por ele é maior do que eu mesma. Então, de surpresa me pego falando isso para ele, e ele responde com um sorriso enorme e diz:
-"Sinto a mesma coisa, Como se eu já te conhecesse antes, muito antes. Alice, meu amor por você é maior do que possa imaginar." Ele me puxa para si e me dá um longo beijo. Carinhoso e gentil. Porém, infelizmente, ouço alguém bater na porta.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Alice e Kristian - Parte 60!

Chego bem em frente aos dois:
-"Alice, me desculpe, não deveria ter duvidado de você."
-"Ta tudo bem. Mas eu precisava que vocês dois entendessem isso, para que mais tarde me entendessem e entendessem meus poderes. Por isso, tentem pelo menos fingir que não me acham uma louca, ok?" Os dois acenam com a cabeça, concordando. Me viro para o Kristian e digo:
-"Tive outro sonho." Ele arregala os olhos e pergunta:
-"Com quem?"
-"Com a mulher."
-"Mesmo!? E como foi?"
-"Ah, foi ótimo." Eu rodopio pela grama e continuo "Aquele lugar é... é... Ah, não sei, é simplesmente incrível." Paro de rodopiar e olho novamente para os dois.
-"Você falou com a mesma mulher que lhe falou sobre os seres vivos?" Pergunta o Siobhan
-"Sim, a própria." 
-"E o que aconteceu?" Pergunta o Kristian.
Contei-lhes o sonho e enquanto isso o Siobhan parece ficar cada vez mais envergonhado, enquanto conta a história coloco a mão em seu ombro, querendo faze-lo relaxar.
-"Amor, você nunca falou exatamente em que lugar que vocês se encontram..."
-"é sempre o mesmo. É uma floresta. Uma enorme floresta. Com árvores enormes, com raízes expostas. Flores e plantas por todos os lados. A luz do Sol e da Lua passam por entre os galhos e folhas suavemente, iluminando o lugar. Lá não faz frio nem calor, os animais vivem passivamente, com respeito entre eles e a floresta. Um lugar puro, sem maldade alguma. Me sinto outra pessoa lá."
-"Alice, tente me mostrar, como se fosse em um sonho, mas sem dormir." Fala o Kristian.
Coloco as mãos em sua cabeça, fecho os olhos e imagino o lugar, querendo transmitir a imagem com todas as características para o Kristian." Ele dá um risinho e eu abro os olhos:
-"Você é incrível, Alice. Consegui ver tudo claramente. Acho que entendo porque se sente tão bem lá..."
-"Tente comigo, por favor." Diz Siobhan. Faço o mesmo com ele, mas não funciona.
-"Acho que não está preparado para ver o lugar Sio. Sinto muito." Ele faz uma carinha triste e me abraça repentinamente
-"Me desculpe, Alice."
-"Ta tudo bem. Eu também deveria te entender, porque alguns dias atrás eu também não pensava dessa forma. Mas vai ter que apostar mais uma corrida comigo!"
-"Claro. Pra já" Ele se transforma rapidamente e corremos mais uma vez. Na volta decidimos ir embora. Nos despedimos seguimos pra casa.
-"Kristian, você não tem ideia de como me sinto naquele lugar..."
-"E como se sente?"
-"É como se um vento frio passasse por todo meu corpo, tornando a minha pele morta [a Alice está morta por ser uma vampira.] mais gélida do que já é. Como se fosse uma onda de frio passando pela minha espinha dorsal. A pureza daquele lugar deixa-me atordoada, viciada na leveza que sinto. Como se a gravidade não me prendesse mais no chão, fazendo parecer que estou flutuando. Tudo calmo, tudo limpo das impurezas do mundo, da maldade que existe hoje em dia...." Ele coloca a mão sobre a minha e diz:
-"Que bom que se sente tão bem. Mas não vai me deixar pra ficar lá tá bem?" Ele pisca e dá um largo sorriso: O Doce. Beijo sua mão e olho para ele. Sua mão gélida com a minha me passa um friozinho pela pele que me deixa muito contente. Seus lindos cabelos mal-presos (Por causa do treinamento) caindo por seu ombro, seus olhos atentos no trânsito, mas que apresentam certa curiosidade por minha observação, sua pele branca, seu cheiro, tudo neste homem me deixa encantada. Alucinada com sua beleza estonteante. Ele se vira para mim dizendo:
-"O que foi, minha flor?
-"Nada, só observando o que é meu. Você é lindo, Kristian."
-"Você que é a dama mais bela e encantadora desse mundo" Continuo a observa-lo, amando-o cada vez mais. Como pode caber mais amor dentro de mim?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Alice e Kristian - Parte 59!

E então caio no sono. Estou naquela mesma floresta que sonhei com a mulher. Olho longe e a encontro sentada em uma raiz de árvore com um coelho branco nas mãos. Vou em sua direção. Percebo que estou com o mesmo vestido preto, dessa vez é dia na floresta, o Sol brilha intensamente, mas não faz calor. Chegando ao seu lado me sento. E ela diz:
-"Que lindo seu discurso. É exatamente isso que queria que entendesse."
-"Obrigada. Mas será que não foi um pouco exagerado? Por que eu entendi isso um dia atrás, e depois fiquei furiosa com o Siobhan por ele não compreender."
-"Pode até ser que sim, Yuki. Mas na verdade, isso foi mais que necessário. Não precisava ter atingido aquela bola de sombras nele" Ela sorri e continua "mas com certeza você precisava falar aquilo tudo para que tanto o Siobhan quanto o Kristian compreendessem o que você quis dizer, e para que mais tarde compreendam o que você vai fazer, qual o verdadeiro significado dos seus poderes." Ela passa o coelhinho para o meu colo e enquanto passo a mão pelo seu pelo macio respondo:
-"Mas como assim o verdadeiro significado dos meus poderes? Meu poder não é construir esferas de sombras?"
-"Sim e não. Seu poder vai muito além disso. Mas você só começou a desenvolvê-lo."

-"Hum. Já percebi que não adianta eu continuar perguntando sobre meus poderes."
-"Não adianta mesmo." Ela olha e sorri alegremente para mim "Por enquanto, o que você sabe está de bom tamanho."
-"Ok. Mas então eu estava certa quando falei aquilo tudo pra Siobhan?"
-"Sim. Estava e muito certa."
-"Mas será que ele vai ficar magoado comigo?"
-"Não vai não. Logo ele vai lhe pedir desculpas. Você vai aceitar as desculpas dele e vai pedir desculpas por ter lhe acertado a bola de sombras, mas não por ter dito a Verdade. Ele e o Kristian vão precisar entender muito mais sobre a Verdade do que eles e você sabem juntos para que possamos seguir nossa missão. Você vai necessitar da maior compreensão possível de todos ao seu redor."
-"Então fiz bem em contar sobre meu outro sonho com você?"
-"Sim e muito bem. Você deve até contar sobre e que está acontecendo agora."
-"Sim, mas aonde estamos?"
-"Estamos no lugar que representa a verdadeira pureza, beleza e calmaria do mundo. Aqui não há nada de ruim."
-"Entendo, por isso me sinto tão segura e calma aqui. Tive um sonho uma vez com um homem que me dizia para me preparar para o que o Destino me guardava. Era numa floresta também. Mas numa floresta quase sem... sem vida. Era sombria aquela floresta. Mas, por incrível que pareça, não fiquei com medo."
-"Imagino que não. Você nasceu para conviver com coisas desse tipo, sombras, escuridão. Por isso o seu poder. Seu poder não permite que você tenha medo do 'escuro'. "
-"Agora faz sentido porque não tive medo daquele lugar sinistro. E quanto ao meu primeiro sonho, que eu estava numa campina e as sombras se dirigiam a mim e quando ergui a mão elas se levantaram e tomaram formas humanas?"
-"Isso logo você entenderá. Em breve."
-"Em breve quando?" Solto o coelhinho que sai pulando e entra numa toca não muito longe.
-"Conforme seus poderes vão evoluindo, vou lhe contando e explicando as coisas. Mas agora não é o momento. Por isso é muito importante que você treine. Treine de tudo, para que seu poder se desenvolva e para quando necessitar saiba se defender também sem a ajuda dos poderes."
-"Pode deixar. Tenho que treinar de qualquer forma. A Princesa disse que era para me treinarem." Agora me lembro do que o Kristian falou depois de sairmos da mansão da Princesa quando ele foi me apresentar: que ele provavelmente vira algo em mim que pudesse fazer parte de seu quebra-cabeça..
-"Agora você tem que voltar, querida."
-"Mas já? Gosto tanto de ficar aqui... E você ainda não me disse seu nome..."
-"Em breve saberás" Ela sorri , se levanta e me á a mão para me levantar. Ela tem a mesma altura que eu, dá um beijo em meu rosto e diz "Adeus" e então acordo. Tem várias folhas sobre mim. Olho para a cabana e o Kristian e o Siobhan estão sentados na escada, Siobhan está com o rosto enterrado nas mãos e o Kristian está falando qualquer coisa sobre "Você sabe que ela está certa. Não fique assim. Ela teve seus motivos para lhe contar a verdade sobre as coisas.... Ela não está brava com você..." Enfim... confortando o amigo. Então desço da árvore com um pulo, os dois me olham atentamente, Kristian feliz por eu finalmente ter descido, e o Siobhan preocupado,  respiro fundo e vou na direção deles.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Alice e Kristian - Parte 58!!!!

Vou na direção dele furiosa. Chego bem de frente pra ele. Siobhan olha para o Kristian rapidamente e volta a me olhar, suando.
-"Siobhan, você é o que?"
-"Um humano, mas o que isso tem..." Interrompo ele:
-"E o que são humanos? Embora você não seja bem um humano normal..."
-"São animais que tem a capacidade de raciocínio!?!!" Ele responde hesitando, não sabendo se era essa a resposta que eu queria:
-"E o que são animais?"
-"São seres vivos."
-"E o que você define por 'seres vivos'?" Olho diretamente nos olhos do Siobhan, que está até tremendo agora, não olho mas sei que Kristian está quieto e atencioso, tentando entender aonde eu quero chegar com essa conversa, mas não está preocupado.
-"Ah, não sei. Talvez seres que são capazes de se reproduzir" Ele vê em meus olhos que essa resposta não é o bastante para mim e então continua:"de evoluírem e de manter um, como se diz mesmo... Ah! Metabolismo."
-"Hum. E se algo acontecer, por exemplo, uma mudança no ambiente e essa mudança não deixa que eles mantenham o metabolismo funcionando corretamente, ou seja, não acham alimento, o que acontece com os 'seus seres  vivos'?"
-"Bom por princípio eles ficam com fome, e seu corpo fica frágil com o passar do tempo e dependendo do tempo podem até morrer."
-"Tá. Agora vejamos algo diferente. Por exemplo, se um de 'seus seres vivos' quebrarem algum osso, o que acontece?"
-"Eles sentem dor."
-"E se tiverem filhos ou filhotes, o que desperta neles?"
-"A afeição para com suas crias obviamente, tipo, relação mãe e filha"
-"Certo, e se um desses 'seus seres vivos' for um humano e ele perde a família em um trágico acidente, o que acontece?"
-"Por que fica chamando de 'seus seres vivos'?"
-"Por que VOCÊ é que diz que eles SÃO assim, e não vê como eles REALMENTE são. Por isso os seres que você diz ser 'seres vivos' são só uma parte do conjunto, por isso são os 'seus seres vivos'. Mas você não respondeu minha pergunta."
-"Bom, eles ficam tristes"
-"Ok. Então o que é o conjunto de coisas que você citou, que são gerados por uma causa?"
-"Acho que são sentimentos"
-"E por que você acha isso?"
-"Porque são seres vivos e sentem coisas diferentes"
-"E porque você acha que são seres vivos?"
-"Ora, já disse porque! porque são capazes de se reproduzir, de evoluírem e de manter um metabolismo."
 Derrepente ouço outra voz além da minha e do Siobhan, a do Kristian:
-"Aaaaah. Agora entendi, querida Alice. Percebi agora o que estava querendo mostrar. Mas continue, por favor..." Ele sorri pra mim e concordo com um aceno de cabeça. Então continuo:
-"Então me diga agora Siobhan, já que é tão esperto, o que as árvores são se não seres vivos?"
-"Ora, são... são...."
-"Está vendo? Você nem sabe a verdade por trás de tudo, nem eu sei, e ainda queria saber mais do que eu achando que eu estava errada em pensar dessa forma."
-"Mas não entendi nada do que você quis dizer com isso. As árvores são simplesmente árvores. Nada mais que plantas."
-"A é espertinho? E então me diga agora o que são plantas?"
-''Sei lá! Você é que é a sabe tudo pelo que estou vendo."
-"Ora essa. PENSE Siobhan. Plantas também não são capazes de se reproduzir? Elas também não evoluem através do crescimento? E elas também não tem um metabolismo baseado na fotossíntese?"
-"Bem...."
-"Então. Pela sua definição você já não deveria saber que plantas, ou melhor, TODAS as plantas também são seres vivos?"
-"Sim, mas não sei aonde você quer chegar."
-"Siobhan, Pense em toda a nossa conversa. Tudo o que falou." Dou um tempo pra ele e depois continuo: "Você não disse que os seres vivos tem sentimentos? E eles tem isso por serem seres vivos e sentem coisas diferentes?"
Ele me olha surpreso então preparo escondida a mesma bola de sombras que joguei naquela árvore, mas menor, e jogo nele com um pouco menos de força.
-"AAAI Alice! por que fez isso?"
-"Você sentiu isso?"
-"Sim e muito!"
-"E por que sentiu?"
-"Por que sou um ser vivo."
-"E porque você se acha diferente daquela árvore, sendo que ela também é um ser vivo?" Paro um pouco e fico olhando pra ele com nojo "A única diferença é que você é um ser vivo que tem a capacidade de raciocinar e depende de outros elementos para se alimentar, ou seja, não produz seu próprio alimento sozinho, como as plantas. Isso e nada mais!!"
 Vou ao lado do Kristian e dou um beijo em seu rosto. Ele sorri e diz:
-"Que coisa mais linda, Alice."
-"Obrigada por me entender. Mas preciso de um tempo. Me espere tá?" Ele assente com a cabeça "E você Siobhan, você para um pouco para pensar um pouco nos outros em vez de só em você, e deixe de achar que sabe mais."
  Saio correndo em direção da árvore, e a escalo sem problema algum. Vou ao mais alto que posso, e me sento em um dos galhos, apoiada no tronco da árvore. E digo baixinho:
-"Eles não entendiam..." As folhas se mexem suavemente, concordando comigo, então ouço uma linda melodia, baixinha, e então caio no sono.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Tristezas...

é incrivel como nos enganamos com o que as pessoas nos dizem, num dia vc acredita em tudo no que ela diz, no outro ela está falando as mesmas coisas pra outras pessoas. E daí vc fica se perguntando: pq perdi tanto tempo enganando a mim mesma com tais palavras? Achando que aquilo era tudo verdade? Pq me deixei levar por aquele jorro de palavras bonitas, que na verdade era simplesmente falsas? e se não eram falsas, pq repentinamente a direção dessas palavras mudam e outras ficam no lugar? E então chego a conclusão de que sou uma pobre coitada que se deixou levar por tudo aquilo que falaram pra mim. Qual é o sentido disso? e depois de mais um tempo, percebo que não sou uma pobre coitada, mas sim alguém que precisava para de fugir e encontrar um porto seguro. Só que fui muito errada em ter uma pessoa como porto seguro. Devo confiar em mim mesma para isso. Não depender de ninguém, e nunca mais se deixar levar pelas mesmas palavras vazias que um dia eu acreditei serem verdadeiras, mas que no final, não passavam de uma estratégia que alguém usava para continuar me afetando, me usando. E sabe o que é pior? Saber que não haverá ninguém que realmente vai dizer essas palavras pra vc querendo dizer o que as palavras servem para expressar. E isso é triste, porque no final, eu sei que estou sozinha, e eu sei o verdadeiro sentido delas, mas o mundo não sabe como eu quero receber essas palavras, não quero que elas se tornem vazias depois. Quero que continuem com o mesmo significado e com a mesma intensidade, dando ênfase cada vez mais grande com o passar do tempo, e não simplesmente me deixando ao longo do tempo.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Alice e Kristian - Parte 57

Chegando lá, assim que o Kristian parou o carro na frente da casa do Siobhan, ele aparece e vem em nossa direção, Kristian olha pra ele, mas Siobhan vem logo em minha direção e o Kristian faca lá, esperando...
-"Oi Alice! Feliz Natal! Senti saudades..."
-"Olá Siobhan, obrigada, pra você também. Trouxe presentes!" Olho pro Kristian e ele começa a rir.
-"Sério Alice? Eu também tenho um pra VOCÊ. Mas vamos entrando. Você está linda. Fico imaginando como estaria no baile..." Ele fica falando enquanto ele segue para a casa, e quando chega ao lado do Kristian:
-"Ah! Olá Kristian, você estava aí" Ele pisca pra mim, brincando " A beleza de sua namorada ofusca sua presença aqui." Kristian da um casacudo de leve no Siobhan e diz:
-"Também senti muito a sua falta... E sim, ele estava arrebatadora no baile, você deveria ter visto..." O Siobhan responde um pouco triste:
-"Eu sei que deveria ter visto... Mas vamos entrar." Ele já se alegrou novamente. Kristian pegou os presentes e fomos em direção a casa. Estava exatamente de como eu me lembrava. Sentamos na sala: O Kristian pegou o arranhador e eu a bolinha primeiro:
-"Sio, isto é com todo o nosso amor e carinho. Só não vá estragar de uma vez...." Ele abre o arranhador e fica com cara feia, começamos a dar altas gargalhadas e ele não resiste, ri junto com a gente. Depois de minutos rindo juntos ele abre a bolinha rimo novamente.
-"Sio, é brincadeira tá? Os presentes de verdade são esses..." Lhe entrego o embrulho com o casaco e depois o com o chaveiro:
-"Nossa Alice, adorei o chaveiro. Obrigado!"
-"De nada Siobhan, não fique bravo."
-"De maneira nenhuma, não com você..." Ele pisca novamente. "Aqui está o seu Kristian."
O Kristian abre e é um coturno preto de couro; lindíssimo.
-"Nossa!" Kristian diz feliz da vida "Que lindo. Obrigado Siobhan."
-"Denada, e estes aqui são pra você Alice, espero que goste." Abro o primeiro e é um colete rosa (Bem grosso, como se fosse uma jaqueta daquelas que se usa no inverno) , com detalhes em metal, e com uma toca  com pelinhos. E o segundo é um pingente de uma gato egípcio, parecido com o que dei para ele, lindo.
-"Obrigada Sio; eu adorei os dois! Muito mesmo!"
-"Imagine Alice, esse pingente é para colocar na pulseira, se você me permitir..." Dou a pulseira a ele e agilmente o coloca nela, depois a põe em meu braço novamente "Sei que esses pingentes são para você se lembrar das coisas que mais gosta, não sei se gosta tanto assim de mim, mas gostaria que lembrasse de mim também..."  Me levanto e pulo no sofá ao seu lado, lhe dando um longo abraço
-"Claro que você é importante pra mim. Foi desde que te conheci. Mas não é por causa de um pingente que me lembrarei de você, embora ele seja muito lindo. Vou lembrar de você por ser um homem forte, corajoso, gentil e educado que é."
-"Obrigado Alice."


 Ficamos conversando e então lhe conto sobre meus sonhos:
-"O sonho do homem e da mulher podem ter sido criados por vampiros, mesmo você achando que o com a mulher não pode ter sido por ele parecer muito pura. Mas quanto ao primeiro sonho, não consigo explicar, pode ser que é sobre seus poderes, mas é estranho as sombras tomarem formas humanas... Acho que vamos ter que esperar para seus poderes aparecerem mais ou você ter mais sonhos... Enfim, vamos treinar?"
-"Claro!". Vamos então para a parte de trás da casa, onde tem uma área plana e aberta. Siobhan começa a me ensinar golpes de Karatê, e ficamos horas a fio ali treinando. Depois apostamos corridas com ele transformado e com o Kristian junto. Cada vez fico mais forte e mais rápida. Paramos pra descanças e eu e o Kristian estamos sedentos, então ele sugere:
-"Vamos para casa comer?"
-"Não precisa. Pedi para a Princesa alguns estoques pra vocês aqui..."
-"Que bom Sio, obrigada."
-"De nada Lice" Vamos para dentro, e após SETE saquinhos, me sinto totalmente recuperada. Então tive um brilhante ideia, vamos lá para fora então eu pergunto:
-"Será que as 'sombras' que vi no meu sonho não podem ser apenas sombras, como a de vocês, feita pela luz do Sol?"
-"Acho que pode ter razão, tente fazer algo..." Diz Siobhan. Então imagino uma pequena flor preta, feita com sombras, mas quando olho para o chão tudo o que vejo é um ponto grande e preto, mas de sombras. Tento move-lo para o lado e ele me acompanha, assim como quando o 'pego' na mão e o lanço contra uma árvore e faz uma pequena marca no casco. Então me lembro do que a mulher me disse no sonho, e vou correndo na direção da árvore. Parece muito estúpido o que eu fiz a seguir mas realmente senti que precisava fazer aquilo. Cheguei ao leu lado e passei a mão no 'ferimento' e disse a ela
-"Sinto muito. Não lembrei que pudia lhe fazer mal." Siobhan está de boca aberta e pergunta
-"Alice, er... o que está fazendo?" Kristian está sério tentando entender quando ele mesmo responde  a pergunta:
-"Lembra do sonho com a mulher Sio? Ela disse que os seres vivos em geral 'sentem'..." Faço que sim com a cabeça e digo mais uma vez a árvore, grande e velha:
-"Sinto muito." Ainda com a mão em sua 'ferida' olho para os galhos que começam a se mexer, sem vento algum. Olho para as outras, que estão imóveis. É como se ela me entendesse.
-"Viram isso??" Pergunto ansiosa
-"O que minha querida?"
-"A árvore se mexeu?"
-"Não percebi."
-"Nem eu, mas Alice, realmente acredita que elas sentem?" Fico irritada com a pergunta do Siobhan, e vou na direção dele furiosa...