quarta-feira, 30 de maio de 2012

Alice e Kristian - Parte 60!

Chego bem em frente aos dois:
-"Alice, me desculpe, não deveria ter duvidado de você."
-"Ta tudo bem. Mas eu precisava que vocês dois entendessem isso, para que mais tarde me entendessem e entendessem meus poderes. Por isso, tentem pelo menos fingir que não me acham uma louca, ok?" Os dois acenam com a cabeça, concordando. Me viro para o Kristian e digo:
-"Tive outro sonho." Ele arregala os olhos e pergunta:
-"Com quem?"
-"Com a mulher."
-"Mesmo!? E como foi?"
-"Ah, foi ótimo." Eu rodopio pela grama e continuo "Aquele lugar é... é... Ah, não sei, é simplesmente incrível." Paro de rodopiar e olho novamente para os dois.
-"Você falou com a mesma mulher que lhe falou sobre os seres vivos?" Pergunta o Siobhan
-"Sim, a própria." 
-"E o que aconteceu?" Pergunta o Kristian.
Contei-lhes o sonho e enquanto isso o Siobhan parece ficar cada vez mais envergonhado, enquanto conta a história coloco a mão em seu ombro, querendo faze-lo relaxar.
-"Amor, você nunca falou exatamente em que lugar que vocês se encontram..."
-"é sempre o mesmo. É uma floresta. Uma enorme floresta. Com árvores enormes, com raízes expostas. Flores e plantas por todos os lados. A luz do Sol e da Lua passam por entre os galhos e folhas suavemente, iluminando o lugar. Lá não faz frio nem calor, os animais vivem passivamente, com respeito entre eles e a floresta. Um lugar puro, sem maldade alguma. Me sinto outra pessoa lá."
-"Alice, tente me mostrar, como se fosse em um sonho, mas sem dormir." Fala o Kristian.
Coloco as mãos em sua cabeça, fecho os olhos e imagino o lugar, querendo transmitir a imagem com todas as características para o Kristian." Ele dá um risinho e eu abro os olhos:
-"Você é incrível, Alice. Consegui ver tudo claramente. Acho que entendo porque se sente tão bem lá..."
-"Tente comigo, por favor." Diz Siobhan. Faço o mesmo com ele, mas não funciona.
-"Acho que não está preparado para ver o lugar Sio. Sinto muito." Ele faz uma carinha triste e me abraça repentinamente
-"Me desculpe, Alice."
-"Ta tudo bem. Eu também deveria te entender, porque alguns dias atrás eu também não pensava dessa forma. Mas vai ter que apostar mais uma corrida comigo!"
-"Claro. Pra já" Ele se transforma rapidamente e corremos mais uma vez. Na volta decidimos ir embora. Nos despedimos seguimos pra casa.
-"Kristian, você não tem ideia de como me sinto naquele lugar..."
-"E como se sente?"
-"É como se um vento frio passasse por todo meu corpo, tornando a minha pele morta [a Alice está morta por ser uma vampira.] mais gélida do que já é. Como se fosse uma onda de frio passando pela minha espinha dorsal. A pureza daquele lugar deixa-me atordoada, viciada na leveza que sinto. Como se a gravidade não me prendesse mais no chão, fazendo parecer que estou flutuando. Tudo calmo, tudo limpo das impurezas do mundo, da maldade que existe hoje em dia...." Ele coloca a mão sobre a minha e diz:
-"Que bom que se sente tão bem. Mas não vai me deixar pra ficar lá tá bem?" Ele pisca e dá um largo sorriso: O Doce. Beijo sua mão e olho para ele. Sua mão gélida com a minha me passa um friozinho pela pele que me deixa muito contente. Seus lindos cabelos mal-presos (Por causa do treinamento) caindo por seu ombro, seus olhos atentos no trânsito, mas que apresentam certa curiosidade por minha observação, sua pele branca, seu cheiro, tudo neste homem me deixa encantada. Alucinada com sua beleza estonteante. Ele se vira para mim dizendo:
-"O que foi, minha flor?
-"Nada, só observando o que é meu. Você é lindo, Kristian."
-"Você que é a dama mais bela e encantadora desse mundo" Continuo a observa-lo, amando-o cada vez mais. Como pode caber mais amor dentro de mim?

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